Prólogo
Oito anos antes...
Orfanato da Jenna Davis, 26 de fevereiro, 11h e 50 da manha.
-CRIANÇAS CUIDADO, VOCÊS VÃO SE MACHUCAR- Jenna gritou pela quinta vez
pela janela da cozinha que dava acesso ao quintal onde as crianças brincavam.
Era um dia comum como qualquer outro, o sol estava iluminando aquele
quintal enorme, o calor estava insuportável, as crianças daquele orfanato
brincavam nos balanços, sorriam felizes da vida como se um dia não tivessem
sofrido, como se não tivesse sido rejeitadas por suas famílias, obrigadas a
virem prá cá, esperar que alguém as adotasse e que elas finalmente tivessem um
lar de verdade. As inocências não as deixavam enxergar a tristeza da vida.
Exausta de tanto correr e pular, eu me sentei em uma pedra debaixo de
uma arvore enorme. Prendi minhas medeixas cacheadas em um coque bagunçado.
Minha melhor amiga Sophie se aproximou de mim com a respiração ofegante
e se sentou ao meu lado.
So: Estou com medo- ela disse encostando a cabeça em meu ombro.
Eu: Por quê?- eu perguntei confusa.
So: De ser adotada- ela bufou- aquele casal que apareceu aqui aquele dia
não paravam de olhar para mim- ela disse triste.
Eu: Mais se a Jenna não falou nada pra você é por que não vai ser.
So: E se for? Eu vou embora e nunca mais vou te ver.
Eu: Que isso Sophie, nunca vamos nos separar, amigas pra sempre- eu a abracei.
So: Obrigado por me animar.
Sorrimos uma outra e voltamos a nos abraçar.
Eu e Sophie somos melhores amigas desde sempre, chegamos aqui bebês e
crescemos juntas.
Je: Todos prestem a atenção- Jenna disse no alto falante despertando a
atenção de todos- Eu quero todos na sala que eu vou dar um comunicado pra
vocês.
Todas as crianças, inclusive eu e a Sophie corremos para a sala, na
maioria das vezes, quando ela queria nos comunicar algo, era coisa muito boa.
Sentamos nas cadeiras que tinham lá, todos comentando o que poderia ser.
Jenna entrou na sala com um menino, o que surpreendeu a todos.
Ela aparentava ter a minha idade e era um pouco mais alto que eu.
Sua pele era branca e seu cabelo loiro e perfeitamente liso, e era tão
grande que cobria seu rosto.
Ele trajava roupas bonitas, mais bem sujas.
Ele tinha um olhar serio, ele media cada aluna com seus olhos caramelos
lindos. Ele era lindo.
Com certeza sua aparência foi o que me encantou de imediato.
Je: Esse é o Jason, encontramos ele na rua a algumas horas e os
trouxemos pra cá.
Ele continuava com o olhar serio, mais agora olhava pra baixo.
Je: Diga Oi a eles Jason- ele ao respondeu, apenas se soltou da Jenna e
correu para o quintal- acho que ele é tímido.
Corri para a janela e vi ele sentar debaixo da arvore e tapar o rosto
com as mãos.
So: Acho que ele não gostou daqui- ela sussurrou em meu ouvido.
O sinal do almoço tocou, e corremos para a cantina.
Fiz meus pratos com todas as comidas que tinha lá , enchi meu copo com
limonada, e ao invés de me sentar e comer levei até o garoto lindo sentado
debaixo da arvore.
Eu: É pra você- eu disse erguendo em sua direção.
Ele destapou o rosto e pegou o prato, começou a devorar a comida como se
não comesse a anos.
Eu: Você está faminto né?- eu perguntei o encarando.
Ele apenas assentiu sem olhar pra mim e voltou a devorar.
Eu: Eu vou entrar, até mais- eu coloquei o copo ao seu lado e voltei pra
a cantina.
***
Je: Onde você estava?- Ela perguntou pegando em minha mão e me levando
pra a cantina.
Eu: Levei comida para o Jason- ela arqueou a sobrancelha.
Je: Isso mesmo fez certo, agora vai fazer seu prato- eu assenti e corri
para fazer meu prato.
***
Já era noite, a lua estava cheia, o céu cheio de estrelas.
Estávamos todos reunidos ao redor da fogueira, assando marshmallow e cantando,
enquanto o marido de Jenna tocava seu violão.
Fazíamos isso quase sempre.
Jason estava ainda debaixo da arvore, serio como sempre.
So: O que ele tem?- ela perguntou olhando pra ele.
Eu: Eu não sei, hoje eu fui dar comida a ele e ele não disse sequer uma
palavra.
So: Só tem duas opções pra essa reação, ele é mudo ou é tímido demais.
Eu: Acho que ele é tímido demais.
So: Por que não vai falar com ele?- eu franzi o cenho.
Eu: Por que eu deveria?
So: Sei lá, você não para de olhar pra ele, e o garoto é sinistro- eu
ri.
Eu: ele é bonitinho.
So: Concordo.
Voltei a encarar Jason, e ele levantou a cabeça, fazendo nossos olhares
se encontrarem.
Meu coração começou a acelerar, mais que diabos está acontecendo comigo?
Por que sempre que ele me olha meu coração bate forte?
Será amor? Mais eu só tinha dez anos, e conheci ele hoje.
Me levantei e fui até a arvore onde ele estava, me sentei ao seu lado.
Eu: Oi- eu disse sorrindo timidamente.
Jas: Oi- ele disse se afastando.
Eu: Por que você gosta de ficar aqui sozinho? Vamos pra a fogueira
comigo.
Jas: Eu não quero, eu gosto de ficar sozinho- ele disse seco.
Eu: Não gosta muito das pessoas daqui?
Jas: Eu não gosto de ninguém- ele se levantou e entrou para dentro.
Mais o que será que tinha de errado com ele?
***
UM ANO
DEPOIS...
Um ano se passou e tudo continuava igual, alguns dos meus amigos foram
adotados, outras crianças e bebês chegaram, mais Jason continuava lá, sozinho,
sem ninguém, com aquele olhar serio.
Algumas famílias vinham aqui e tinham medo de se aproximar dele por ele
ter a fama de ser violento com os outros garotos.
Eu era a única que não tinha medo dele, ao contrario, eu tinha amor,
mesmo sendo criança eu era completamente apaixonada por ele, e desejava com
todas as forças que ele também fosse por mim.
***
Eu e as garotas estávamos brincando de pular corda enquanto os garotos
brincavam de futebol.
Jason estava sentado em um banco lendo alguma coisa que estava escrito
em um papel sujo, ele parecia confuso.
Parei de pular e me sentei no chão esperando a minha próxima vez.
Vi que um garoto, um tal de Gabe, um que ninguém gostava, talvez por que
ele era chato e mexia com todo mundo.
Ele se aproximou de Jason e empurrou ele, fazendo que ele caísse de
costas no chão.
Me levantei e corri até ele.
Eu: SEU IDIOTA POR QUE FEZ ISSO?- eu gritei empurrando ele- NUNCA MAIS
MEXA COM O JASON.
Gabe: Ai que fofo a Rebecca protegendo o Jason, que amor- ele disse irônico.
Eu dei um tapa em seu rosto deixando a marca da minha mão.
Ajudei Jason a se levantar e depois fui empurrada.
Gabe: Nunca mais se atreva a me bater sua putinha- ele disse.
Jas: NUNCA MAIS CHAME ELA ASSIM- ele gritou dando um soco em seu nariz e
depois em suas “partes baixas”.
Todas as crianças presenciavam aquela cena.
Je: O que está acontecendo aqui?- ela perguntou brava.
Eu: Gabe empurrou o Jason e eu dei um tapa em sua cara, depois ele me
empurrou e me xingou e o Jason socou ele- ela olhou para gabe caído no chão se
contorcendo de dor e com o nariz sangrando.
Je: Eu quero vocês três na sala do castigo agora.
***
E lá estava nós três, sentados em uma cadeira em uma sala vazia.
Gabe estava dormindo, Jason estava emburrado e eu olhava pra o nada e
pensava em nada.
Jas: Por que você foi me defender?- ele perguntou me olhando nos olhos.
Eu: Não gosto que as pessoas te maltratem só por que você é quieto.
Jas: Obrigado- ele sorriu.
Era a primeira vez que eu vi o sorriso do Jason, era tão lindo quando
ele.
Eu: Eu sei um jeito de fugir daqui- eu disse me levantando.
Jas: Sabe? Como?- ele perguntou animado.
Eu: Está vendo aquela janela?- eu apontei para a pequena janela a nossa
frente.
Jas: Estou.
Eu: Agente pode subir nas cadeiras e fugir por ela.
Jas: Então vamos logo.
Eu: Mais tem um probleminha.
Jas: qual?- ele perguntou preocupado.
Eu: Quando agente sai por lá, entramos naquele matagal que tem aqui atrás
do orfanato, e pra sair de lá, tem que andar tudo, voltar pra a rua e entrar
pela porta da frente do orfanato e não ser pego pela Jenna.
Jas: Se tem uma coisa que eu adoro é arriscar- eu sorri animada.
Eu: Então vem.
Pegamos uma cadeira e subimos nela. Eu sai primeiro, depois ele.
Era um matagal enorme, nunca soube para onde daria.
Eu: Acho melhor agente voltar- eu falei sentindo um pouco de medo.
Jas: Não, vamos explorar esse lugar.
Eu: Mais eu estou com um pouco de medo.
Jas: Não precisa ter medo, eu estou com você- ele pegou minha mão.
Me senti tão protegida como nunca.
Andamos muito, e não encontramos nada a não ser arvore e mato.
Jas: Olha aquilo Rebecca- ele disse apontando para algo entre as arvores
que parecia ser...
UMA MANSÃO,era uma mansão enorme. Parecia ser velha, suas janelas estavam
quebradas, e suas portas abertas, era rodeada por matos.
Jas: Uau que demais- ele disse me puxando pela mão e correndo pra
dentro.
Entramos dentro daquela casa e não vimos nada a não ser moveis velhos e
teias de aranha.
Eu: Quem será que morava aqui?- eu perguntei enquanto olhava aquele
lugar.
Jas: Deveria ser uma mansão de uma família rica a alguns anos atrás- ele
chutou o sofá de couro.
Eu: Vamos ver o que tem nos quartos.
Subimos as escadas e entramos no primeiro quarto.
Era igual ao dos filmes de época, era tudo antigo e sujo.
Jas: Acho que não tem nada de interessante aqui- ele disse desanimado.
Eu: Quem sabe se limpássemos isso aqui e fizéssemos nossa casa.
Jas: Daria um trabalhão, mais valeria a pena- ele abriu uma porta de
vidro que deu acesso a uma varanda enorme- Vem ver que vista linda Rebecca.
Realmente era linda, dava para ver a cidade toda, inclusive uma parte do
orfanato.
Jas: Pelo menos as pessoas que moraram aqui tinha essa vista.
Ele pegou em minha mão o que me fez tremer dos pés a cabeça.
Jas: sempre que ficarmos de castigo vamos vir aqui- ele disse olhando em
meus olhos- é segredo, não pode contar para ninguém, nem para a Sophie.
Eu: Eu prometo- ele sorriu e eu retribui.
Já estava ficando de noite, tínhamos que voltar para o Orfanato ou a
Jenna sentiria nossa falta.
Entramos na janela de novo e encontramos Gabe batendo na porta e
chorando.
Gabe: Onde vocês estavam?- ele perguntou entre o choro compulsivo.
Eu: Aqui Ué- eu disse fazendo ele ficar confuso.
Gabe: Não estavam não, eu procurei por esse quarto todo e não achei
vocês.
Jas: Então você ta ficando maluco, por que não saímos daqui.
Ele voltou a chorar e chutar as cadeiras, até que a Jenna entrou no
quarto.
Je: Vocês estão liberados, e espero que isso não se repita nunca mais-
assentimos e saímos do quarto.
Jas: Uma perguntinha Jenna- ele disse voltando para perto dela.
Je: Qual?
Jas: O que tem ali no matagal?
Je: Ali ficava uma casa enorme e muito bonita, mais ai o casal que
morava lá se separou, cada um foi para um canto e abandonou a casa.
Jas: E quem quiser pode pegar a casa?
Je: Infelizmente não, eu já pensei em comprar o terreno e aumentar o
orfanato, mais a prefeitura em breve vai demolir tudo e fazer alguma coisa para
eles.
Eu e Jason ficamos tristes com a noticia, não queríamos que um lugar tão
incrível como aquele fosse demolido.
Jas: É uma pena o que eles vão fazer.
Eu: é mesmo, mais pelo menos vamos ter a lembrança.
Jas: é verdade- ele sorriu fraco.
Eu: Pensei que você era chato, mais depois de hoje percebi que você é
super legal- ele desmanchou o sorriso e voltou a ficar serio.
Jas: Não é pra contar o que aconteceu hoje pra ninguém, se não vai ter conseqüências-
ele disse serio.
Eu: Eu não vou contar, mais por que você está assim Jason?
Jas: Nada- ele correu pra dentro do seu dormitório.
***
Jason é mesmo estranho, um minuto ele pega a minha mão e fica super
legal comigo, em outro momento ele me ameaça se eu contar o que aconteceu para
alguém.
Será que ele gosta de mim e não quer admitir por isso fica bravo?
Acho que não, não a chances de um garoto como ele olhar pra mim.
É melhor eu perder as esperanças.
***
Eu estava fazendo tranças no cabelo da boneca da Sophie, quando a Trace,
uma garota magra e com cara de patricinha se aproximou de mim.
Trace: Sabe quem acabou de passar ali Rebecca?- ela disse se sentando na
beirada da minha cama.
Eu: Quem?- eu perguntei desinteressada.
Trace: Seu amor- eu revirei os olhos.
Eu: Jason não é meu amor- eu disse seco.
Levantei e olhei pela janela e vi Jason andar para o fundo do orfanato.
Eu: Eu vou ver algo aqui fora- eu disse abrindo a porta e saindo.
Segui Jason por alguns segundos, até que
ele parou e ficou olhando para baixo.
Eu: JASON- eu gritei.
Ele virou para trás e assim que me viu começou a correr.
Corri atrás dele e parei ao ver ele escalar o portão.
Eu: O que você está fazendo?- eu perguntei confusa.
Ele me ignorou e continuou escalando o portão, até que ele conseguiu
sair e correu pela escuridão da noite sem olhar para trás.
Eu: Jason não vá- eu disse
baixinho antes de sentir uma lagrima quente escorrer dos meus olhos.
***
Ola beliebers :)
Meninas esse capitulo foi só para vocês terem uma ideia de onde a Rebecca e o Jason se conheceram, como foi a infancia deles.
Talvez amanha eu já poste o capitulo 1, quando eles vão se reencontrar.
Essa fic vai ser muito boa eu garanto.
Continuem lendo, divulguem para outras amigas ou amigos de vocês, me ajudem.
E comentem, POR FAVOR COMENTEM.
Eu nessecito de comentarios Ok ;)
Bjs Vitória
NOSSAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
ResponderExcluirAMEI!
AMEI MESMO!!!!
:s poxa por que o jason era assim cara? '-' enfim
AMEI SUA FIC!
PERFEITA VIU??W
PELO MOR DE DEUS CONTINUE LOGO TA??? EU AMEI! - pode me avisar no tt? @fc_queenswaggy- ou pelo blog mesmo tanto faz!
PLEASE QUERO BIG!!!! :) leitora nova me chamo hellen mais pode me chamar de mah! :)
ah se pode divulgar meu blog? http://malukaspelobieber-imaginebeliebers.blogspot.com.br/ - se gosta pode acompanhar minhas fic's :) thanks! eu ia seguir se blog mais não tem o gatget de seguidor :s que pena,bom TCHAU amora! bye! :) bye!